segunda-feira, novembro 06, 2006

Tua graça me basta

Eu não preciso ser reconhecido por ninguém
A minha glória é fazer com que conheçam a Ti
E que diminua eu, pra que tu cresças, Senhor, mais e mais
E como os serafins que cobrem o rosto ante a Ti
Escondo o rosto pra que vejam Tua face em mim
E que diminua eu, pra que tu cresças, Senhor, mais e mais
No Santo dos Santos Tua fumaça me esconde
Só Teus olhos me vêem
Debaixo de Tuas asas é o meu abrigo
Meu lugar secreto
Só Tua graça me basta e Tua presença é o meu prazer


Tem horas que eu fico te contemplando e vejo quão pouco te conheço e o quanto me amas. Tem horas que tudo que eu quero é rasgar meu coração na Tua presença e chorar aquilo que ainda não sou.
Tem horas que eu só quero o silêncio pra te ouvir.
Tem horas que entro em êxtase com tanta grandeza, beleza e Graça e tudo que eu quero é correr os quatro cantos da terra sem parar levando pessoas a te conhecerem.
Tem horas que tudo que sei fazer é chorar a dor do teu coração e das tuas criaturas que ainda não te encontraram.
Tem horas que me acho tão ridícula e pequena diante desta imensa obra incompleta que nós, teus filhos, somos incapazes de cumprir; porque ainda somos tão meninos, nos preocupamos tanto com nosso próprio reconhecimento...
Tem horas que eu me canso do meu próprio discurso. E estas horas tem aumentado a cada dia que passa.
Eu to cansada do mesmo. De mim, como estou agora, enquanto filha. Do que está ao meu redor, enquanto corpo. Eu vivo aquela alegria triste de Paulo, mas ainda muito distante do que ele foi.
Meu espírito está sendo chacoalhado. Isso não é demagogia. Talvez por isso tenho escrito tão pouco. Meu assunto agora é um só, enquanto minha sede não passar. E nunca vai passar, não enquanto eu viver aqui.